Ela entoou sucessos como “Auê”, “Doce obsessão” e “Lero lero” à frente da banda Cheiro de amor nos anos 1990. No ano em que se comemora três décadas do axé, o Furacão Louro, como ficou conhecida, se orgulha de ter feito parte dessa história.
“Houve quem acreditasse que o axé fosse uma febre de verão. Mas o gênero ficou. É bom saber que você tem sua marca em um dos grupos mais icônicos”, analisa Márcia Freire, de 49 anos.
De acordo com o jornal Extra, 21 anos após ter saído da banda pela primeira vez, a cantora não consegue a mesma projeção. Chegou a manter os holofotes ao gravar, em 1996, “Vermelho”, de Chico da Silva — canção que se tornou parte dos bens imateriais do patrimônio cultural do Estado do Amazonas — regravada por Fafá de Belém. “Mas carreira solo é muito difícil. Hoje, canto em boate, eventos corporativos e casamentos. As contas chegam, né?”, diz a loura.
Ao comemorar 30 anos de axé, Márcia, que está solteira, não esconde a nostalgia da data. “Dá saudade, mas não diria que tenho arrependimento por ter deixado a banda. Na verdade, eu deveria ter tido maior equilíbrio emocional para tomar decisões. Com a idade você aprende a lidar. Se sou ou não reconhecida, está tudo bem, o que eu quero é cantar e isso nunca deixei de fazer”, diz a mãe de Yuri, de 25, e Yan, de 17. “Triste eu fico por não fazer shows no Rio e em São Paulo. Para isso precisaria estar na grande mídia”.
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