Em Salvador, professores discutem reajustes salariais / Foto: Divulgação
Professores da rede estadual de ensino acusam a direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) de “arbitrariedade” na definição do calendário de paralisações da categoria. No último sábado (11), a APLB divulgou que, após a realização de 18 assembleias na capital e interior do estado, os professores paralisarão suas atividades pelo cumprimento de reivindicações salariais em três dias: 15, 24 e 30 de abril. Contudo, em um grupo que reúne vários professores estaduais no Facebook, a decisão do sindicato é questionada e classificada como “autoritária”.
Em contato com o Bahia Notícias, uma professora do Colégio Carneiro Ribeiro Filho, de Salvador, afirmou que a maioria das regionais quer que as paralisações ocorram nos dias 15, 16 e 17 de abril - véspera do feriadão de Tiradentes, na próxima terça-feira (21). Segundo ela, os dias escolhidos pelo sindicato coincidem com mobilizações nacionais e atendem “somente” aos interesses da diretoria. “Eles ficam pegando ‘ponga’ nas paralisações nacionais pra dizer que estão lutando por nós, mas não estão”.
Em nota enviada à imprensa, a APLB reitera que o calendário foi decidido com a participação das 18 assembleias regionais. “As deliberações agora são tomadas com base no resultado do conjunto de assembleias realizadas em toda a Bahia”, diz a nota. Para o presidente da APLB, Rui Oliveira, a insatisfação manifestada por alguns professores é “um ato de tentar desqualificar e distorcer as [assembleias] regionais”. Um grupo de professores se mobiliza para, no dia 24 de abril, aniversário dos 63 anos do sindicato, realizar um ato na sede da APLB em Salvador e promover uma desfiliação em massa.
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