quinta-feira, 16 de abril de 2015

Amigos da travesti Verônica afirmam que ela foi humilhada na delegacia antes de agressão

Estado que ficou Verônica após agressão  Foto: reprodução / Facebook
Estado que ficou Verônica após agressão
Foto: reprodução / Facebook
Redação VN
Amigos e ativistas revoltados com o que a aconteceu com a travesti Verônica Alves, de 25 anos, que arrancou a orelha de um carcereiro do 2º Distrito Policial, no Bom Retiro, região central de São Paulo, no domingo (12), saíram em defesa da travesti e criaram uma página no Facebook chamada Somos todos Verônica, para garantir que ela tenha acesso a uma defesa justa e que não seja vítima de violência sexual.    
Além do desabafo da mãe da travesti, Marli Ferreira Alves Francisco, 48 anos, dizer que não consegue entrar em contato com a filha para conhecer a sua versão do que aconteceu, agora é a vez de Yasmin Fernandes, amiga da travesti, que também não teve chance de falar com ela, mas que soube que a amiga se irritou porque seria colocada em uma cela com outros homens.
Campanha no facebook # soomostodasVerônica Foto: reprodução / Facebook
Campanha no facebook #somostodasverônica
Foto: reprodução / Facebook
Sobre o ocorrido, Yasmin Fernandes comentou: “Eles tiraram o aplique dela e a jogaram em uma cela com outros homens que começaram a fazer piadinha com ela. Tenho certeza que ela ficou com medo e reagiu. Um absurdo o que fizeram e o desrespeito com a figura dela, uma negra, travesti e garota de programa”.
Na tarde desta quarta-feira (15), o delegado ouviu o depoimento da travesti e relatou a versão dada por ela. Verônica teria dito que estava possuída por um “demônio”. “Ninguém arrancou o cabelo dela. Ela perdeu a peruca em algum momento e ela quem arrancou a própria roupa. O que ela levou foi soco do carcereiro”, declarou.
Verônica antes e depois das agressões Foto reprodução / Facebook
Verônica antes e depois das agressões
Foto reprodução / Facebook
O carcereiro que teve a orelha arrancada passa bem e não vai ficar afastado do trabalho. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que “ela foi ouvida na tarde desta quarta-feira e confirmou que, quando estava detida em uma cela, expôs a genitália e começou a se masturbar, o que provocou a revolta dos outros presos. Para conter a situação, um carcereiro entrou na cela para retirá-la, quando Verônica o atacou com uma mordida na orelha. O delegado esclarece que Verônica se machucou durante esses confrontos”. O órgão afirmou ainda que que o caso será investigado pela corregedoria.

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