Uma parceria entre o governo do estado e a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) vai fortalecer a produção de cacau em Rondônia e contribuir para que a oferta do produto possa alavancar no País. Por meio das Secretarias de Planejamento, Orçamento e Gestão (Sepog), de Agricultura (Seagri), de Justiça (Sejus), Ambiental (Sedam), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e o Instituto Abaitará, o estado vai auxiliar a Superintendência Regional de Desenvolvimento da Lavoura Cacaueira do Estado de Rondônia (Suero) a suprir as principais demandas orçamentárias e operacionais.
Em reunião nesta semana, com representantes das instituições envolvidas, o secretário de Planejamento, George Braga, informou que o termo de cooperação técnica para consolidar a parceria será assinado nos próximos dias pelo governador Confúcio Moura e o titular da Suero, Cacildo Viana. Braga explicou que o projeto funcionará como uma espécie de guarda-chuva, no qual os envolvidos irão trabalhar o fomento e fortalecimento da cultura conforme suas competências. “A Sejus, por exemplo, pode trabalhar a ressocialização e envolver reeducandos no processo de produção”, citou o secretário.
Viabilizar o desenvolvimento da agropecuária sustentável, implantar sistemas agroflorestais com cacaueiros, fortalecer e organizar a agricultura familiar estão entre os objetivos do projeto. Para por em prática a determinação do governador de revitalizar e expandir a cacauicultura em Rondônia, o plano de trabalho prevê a capacitação de técnicos das instituições envolvidas e do Instituto Abaitará, realização de diagnóstico rural participativo, promoção do desenvolvimento agrícola familiar fundamentado em princípios e conceitos de agroecologia; aumento da produção e renda gerada pela cacauicultura nos municípios, entre outros.
Cenário Favorável
De acordo com o chefe de Serviços de Extensão Rural da Suero, Alberto Quintans, o cacau deixa para o estado uma média de R$ 60 de ICMS, por saca, e pode ser produzido em todas as regiões de Rondônia, o que representa maior abrangência como fonte de renda. “Com o Termo de Cooperação, a atuação do estado, por meio de suas secretarias, fará com que a população só tenha a ganhar. É uma ação muito acertada que possibilitará a volta aos tempos áureos do cacau. Estamos muito felizes com esta parceria”, ressaltou Alberto Quintans, lembrando que a Organização Internacional do Cacau divulgou que o mundo produz quatro milhões de toneladas de cacau, por ano, e que a partir de 2020 haverá um déficit de um milhão de toneladas por década.
“Diante deste cenário, onde plantar e produzir? O mundo demanda hoje um chocolate com maior teor de cacau e não há substituto para isso. Se Rondônia tem as condições favoráveis para o cacau, por que não fazer? Dessa forma, a decisão do governador de estabelecer o cacau como uma política de estado é muito positiva”, destacou o chefe de Serviços de Extensão Rural da Suero. Fonte: Rondônia Dinâmica
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