Em nota, a Coletiva Mulheres
Defensoras Públicas do Brasil repudiou uma fala do promotor de Justiça Ariomar
José Figueiredo da Silva, dirigida à defensora pública Fernanda Morais,durante
sessão do Tribunal do Júri realizada em Feira de Santana. Foto:Aldo Matos/Acorda Cidade
Em seu Twitter,a defensora
escreveu:“Eis o que aconteceu:ao ser saudada pelo promotor de justiça,ele me
pediu calma,“porque a primeira vez com um negão não dói”.Eu não vou admitir
esse tipo de situação.Eu estava no exercício das minhas funções.Isso precisa
acabar!”.Para o grupo,a atitude do promotor é uma “manifestação de machismo
institucional dentro do Judiciário”.“A explícita conotação sexual da fala do
promotor não é apenas inadequada ao ambiente em que fora proferida.Ela
configura,mais do que isso,uma violenta manifestação de machismo
institucional arraigado dentro do sistema de Justiça, que submete historicamente
mulheres ao lugar de objetos sexuais e sexualizados,deslegitimando-as como
profissionais nas relações estabelecidas neste sistema.A conduta do promotor,ao comparar a atuação das duas instituições em plenário a uma relação sexual,
constrangendo publicamente uma defensora pública no exercício de suas funções,é repugnante e inaceitável”,afirma a nota.
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