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quinta-feira, 21 de março de 2019

Aneel quita empréstimo bilionário; corte médio de 3,75% nas tarifas de energia


A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica)informou nesta 4ª feira (20.mar.2019)que fechou acordo com 8 bancos para antecipar o pagamento de 1 empréstimo bilionário.A negociação retira R$ 8,4 bilhões das contas de luz até 2020. 

Como a dívida era paga por todos os consumidores via contas de luz, a negociação vai permitir 1 corte médio de 3,7% nas tarifas de energia para todo o país em 2019 e de 1,2% em 2020. 
Os consumidores pagam atualmente R$ 703 milhões por mês para amortizar o empréstimo.Esse montante representa 4,9%,em média, nas tarifas dos consumidores do país.Segundo o diretor-geral da agência reguladora, André Pepitone,com a quitação da dívida,os consumidores deixarão de pagar R$ 6,4 bilhões nas contas de luz neste ano e R$ 2 bilhões em 2020.O efeito será repassado aos consumidores por meio dos reajustes tarifárias anuais de cada empresa. Na 3ª feira (26.mar),a diretoria da agência irá rediscutir a correção das taxas que foram aplicadas para algumas distribuidoras.Em entrevista ao Poder360 em 11 de março, Pepitone defendeu ações integradas para que o preço seja acessível para todos. Para ele, os valores cobrados pela energia no país são elevados e estão “além do poder de pagamento do brasileiro”. 
EMPRÉSTIMO PARA AJUDAR DISTRIBUIDORAS
O empréstimo foi feito em 2014 como uma medida para socorrer as distribuidoras em meio a crise hídrica. 
A baixa nos reservatórios das usinas hidrelétricas levou ao uso mais intenso de térmicas, que custam mais caro. Para custear a operação, foi feito empréstimo de R$ 21 bilhões (sem juros).Os termos do acordo determinavam a quitação da dívida até abril de 2020, com repasses às tarifas entre novembro de 2015 a abril de 2020.Em setembro de 2019, o saldo acumulado da conta de reserva será de R$ 7,2 bilhões e o saldo devedor dos empréstimos,de R$ 6,45 bilhões. Portanto, os valores do fundo de reserva para cobrir o empréstimo serão suficiente para quitar a dívida.Isso porque, dos pagamentos mensais realizados pelos consumidores, parte é utilizada para o pagamento dos credores e parte alocada em uma conta de reserva, conforme definido no contrato da operação.Atualmente, o empréstimo está ligado a 8 bancos (Banco do Brasil, Caixa, BNDES, Banrisul, Itaú, Bradesco, Santander, Citibank). Em contrapartida à proposta do governo, as instituições cobraram uma taxa de 2% do saldo restante para aceitarem o pagamento antecipado.Segundo o presidente da CCEE(Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), Rui Altieri, a negociação foi benéfica, pois as taxas de juros dos empréstimos eram mais altas do que a correção dos valores aplicados do fundo de reserva.
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