O
porta-voz de Jair Bolsonaro,Otávio do Rêgo Barros,acaba de anunciar que o
presidente “decidiu exonerar nesta data”Gustavo Bebianno do cargo de ministro.A
nota diz,ainda,que Bolsonaro “agradece sua dedicação à frente da pasta e
deseja sucesso na nova caminhada''.
Gustavo Bebianno não é mais
ministro da Secretaria Geral.A sua demissão foi anunciada nesta 2ª feira
(18.fev.2019) pelo porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros.É o 1º
integrante do 1º escalão do governo Bolsonaro a cair.
“O presidente agradece a sua
dedicação à frente da pasta e deseja sucesso na nova caminhada”,declarou Rêgo
Barros.A saída era esperada.No sábado (16.fev),o próprio Bebianno disse ser a
“tendência”.Um dia antes, teve uma conversa áspera com o presidente, que o
chamou de “X9” e “f.d.p.”.
Apesar do trabalho de ministros e
a garantia do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, de que Bebianno
permaneceria no cargo,prevaleceu a contrariedade de Bolsonaro com seu agora
ex-subordinado.
Leia a íntegra da nota divulgada
pelo Palácio do Planalto sobre a demissão:
”Nota à Imprensa
O Excelentíssimo Senhor
Presidente da República,Jair Messias Bolsonaro,decidiu exonerar,nesta data,do cargo de Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República,o Senhor
Gustavo Bebianno Rocha.
O Senhor Presidente da República
agradece sua dedicação à frente da pasta e deseja sucesso na nova caminhada.Brasília,
18 de fevereiro de 2019.”
O PORQUÊ DA CRISE COM BEBIANNO
Bebianno estava na berlinda desde
que a Folha de S. Paulo publicou reportagem em que explica 1 suposto esquema de
candidatas-laranja orquestrado nas eleições de 2018.O hoje ministro era
presidente nacional do PSL à época.Ele nega.Disse que conversou 3 vezes com
Bolsonaro e que estava tudo bem.
A situação de 1 dos assessores
mais próximos de Jair Bolsonaro na época de campanha começou a se agravar
quando o vereador Carlos Bolsonaro(PSC-RJ)tuitou para acusar o ministro de
mentir sobre as conversas com o presidente.Divulgou áudio para expor o ministro.
Bolsonaro, o pai,retuitou.Em entrevista à TV Record na 4ª feira (13.fev),
Bolsonaro citou pela 1ª vez a possibilidade de demitir o ministro.“Se
[Bebianno] estiver envolvido e responsabilizado, o destino não pode ser outro
que não voltar às suas origens”,disse o capitão reformado do Exército.
VAZAMENTO DE ÁUDIOS
O principal motivo para a raiva
do presidente,no entanto,veio ao saber detalhes de vazamentos de áudios que
compartilhou com Bebianno. Bolsonaro decidiu contar a história completa para
todos os seus ministros que estavam em Brasília na 6ª feira(15.fev).Diante de
ministros em silêncio,o presidente relatou ter havido“quebra de confiança”.Ninguém discordou.Era como se todos endossassem, calados,a eventual demissão
de Bebianno.
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