Por Levi Vasconcelos
Uma pausa nas nossas querelas
políticas para falar de um assunto sério.Dizem os ativistas da causa animal que
algumas espécies exigem atenção especial por estarem ameaçadas de extinção,
quase sempre por conta de uma ação mais irresponsável do que intencional do
homem, mas no caso dos jumentos há um diferencial perverso: a ameaça é de
extermínio por conta de uma ação deliberadamente assassina.Confere. É crescente
nas redes sociais a indignação contra o intensivo abate de jumentos em
frigoríficos de Miguel Calmon e Itapetinga, às vezes até 300 por dia em cada.Suscita
a pergunta: que mal fez esta espécie de tantos e tão relevantes serviços
prestados à humanidade para ter um destino tão cruel?
Bolsas e sacolas
Como a legislação brasileira
proíbe o abate de jumentos para o consumo da carne, a crueldade se amplia. Os
chineses que fazem o abate em Itapetinga, por exemplo, dizem claramente que só
se interessam pelo couro, levado para a China como matéria-prima para bolsas,
calçados e afins. Convenhamos, é algo que beira a estupidez nestes tempos em
que se fabricam até próteses com outros materiais.Dia 25 próximo,um domingo, a
Frente Nacional em Defesa dos Jumentos vai protestar no Farol da Barra. O grupo
defende a criação de santuários para colocar os animais, mas, por agora, o
fundamental é conscientizar. Claro que é.
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