A Justiça do Distrito Federal condenou a empresa de eventos
Congrega Bahia a pagar R$ 300 mil, como indenização, à família da jovem
Gabriele Linhares Lima, de 23 anos. Gabriele morreu em dezembro de 2015, após
ser atropelada por um carro da empresa. Cabe recurso. O acidente ocorreu na
BA-001, próximo a Arraial da Ajuda. Insatisfeitos com o valor definido pelo
Tribunal de Justiça do DF, os familiares de Gabriele já informaram que vão
recorrer da decisão.
O processo foi julgado pela juíza Natacha Raphaella Cocota,
da Vara Cível do Guará. Segundo a magistrada, não existem dúvidas de que o
acidente ocorreu por negligência da funcionária – que invadiu o acostamento com
o veículo e atropelou Gabriele, durante o expediente.
De acordo com o advogado da família, Pedro Dalosto, além de
questionar o valor da indenização, o recurso vai reforçar o pedido de pensão
aos familiares. Na primeira decisão, esse pleito foi negado.
"A juiza entendeu que não havia dependência financeira,
o que não é verdade. A Gabriele trabalhava e ajudava no orçamento da
família".
Na ação, os advogados de acusação pediam 500 salários
mínimos – R$ 477 mil, em valores atuais – para cada um dos quatro membros da
família. Ao todo, o valor global da indenização chegaria a R$ 1,9 milhão. A
sentença de primeira instância concedeu R$ 200 mil para os pais, e R$ 50 mil
para cada irmã.
O Atropelamento
Gabriele Linhares Lima, 23 anos, estava na Bahia a passeio
com o então noivo, Joelmo Dantas, quando sofreu o acidente na BA-001 – estrada
que liga Arraial d'Ajuda a Trancoso. O acidente ocorreu em 29 de dezembro de
2015, por volta das 16h.
Segundo informações da Polícia Civil, os dois aguardavam um
amigo às margens da rodovia quando foram atingidos por um veículo que saiu da
pista.
A motorista do carro viajava a trabalho pela empresa de
produção de eventos Congrega Bahia. À polícia, ela disse que perdeu o controle
da direção, mas não soube explicar o motivo.
A condutora foi autuada em flagrante e, até esta terça-feira
13), ainda respondia por homicídio culposo – quando não há intenção de matar. O
processo criminal, que tramita na 2ª Vara Criminal de Porto Seguro (BA) está em
"fase de instrução" – ou seja, na fase de produção de provas.
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