À meia-noite deste sábado (17), os moradores das regiões
Sul, Sudeste e Centro-Oeste devem atrasar seus relógios. É o fim do horário de
verão, que entrou em vigor no dia 15 de outubro do ano passado, com o objetivo
de reduzir o consumo de energia elétrica entre as 18h e as 21h nas três
regiões. Segundo o Ministério de Minas e Energia, o volume energético – e o respectivo valor monetário – poupado
com a determinação deverá ser divulgado na próxima terça-feira (20).
Além do Distrito Federal, 10 unidades federativas precisarão
adaptar seus ponteiros: Goiás; Mato Grosso; Mato Grosso do Sul; Minas Gerais;
Paraná; Rio de Janeiro; Rio Grande do Sul; Santa Catarina; São Paulo e Espírito
Santo. A população do Norte e do Nordeste não é afetada porque os estados da
região não são incluídos no horário de verão.
Segundo balanço do Operador Nacional do Sistema Elétrico
(ONS), com essa providência, em 2013, o Brasil economizou R$ 405 milhões, ou
2.565 megawatts (MW). No ano seguinte, a economia baixou para R$ 278 milhões
(2.035 MW) e, em 2015 caiu ainda mais, para R$ 162 milhões. Em 2016, o valor
sofreu nova queda, para R$147,5 milhões.
Essa menor influência do horário de verão pode ser explicada
pelo fato de que parcelas significativas das zonas sujeitas à medida têm
intensificado o uso de equipamentos como ar-condicionado, como forma de aplacar
o calor, elevando a demanda de energia elétrica. Ainda que já dispensem as
lâmpadas incandescentes, substituindo-as por modelos mais econômicos.
No fim do ano passado, o governo federal sinalizou para a
possibilidade de abolir o horário de verão, por não haver consenso quanto à
relação com a economia de energia elétrica. Apesar disso, acabou apenas abreviando o período 2018/2019 em duas semanas, a pedido do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), para facilitar a apuração dos votos das eleições, pois o então
presidente do órgão, ministro Gilmar Mendes, argumentou que essa alteração
facilitaria, entre os estados com fusos horários diferentes, o alinhamento de
ritmo na apuração dos votos das eleições. Com isso, o horário de verão de 2018
passará a ser adotado no primeiro domingo de novembro.
“A avaliação dos atuais impactos na redução do consumo e da
demanda de energia elétrica, contida nos estudos realizados neste ano de 2017
pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) em conjunto com o Ministério de Minas e
Energia, mostra que a adoção do horário de verão traz atualmente resultados
próximos da neutralidade para o sistema elétrico”, avaliou a pasta em nota
divulgada em outubro do ano passado.
Foto/texto: Agência Brasil
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