Uma pesquisa feita no Canadá, publicada na revista
científica Canadian Medical Association Journal Open, aponta que mais da metade
dos consumidores de energéticos entre 12 e 24 anos já sentiram efeitos
negativos em sua saúde após o consumo. Entre os problemas mais citados, além do
aumento da velocidade do batimento cardíaco, estão a dificuldade para dormir,
dores de cabeça e até incidência de convulsões.
“O energético é composto por
cafeína e taurina. Uma lata equivale a três xícaras de café. O álcool promove
uma excitação e, misturado com o energético, a animação se potencializa. A
estimulação em excesso pode provocar um problema cardíaco, principalmente
quando a pessoa já tem tendência. Em casos mais extremos a arritmia pode ser
fatal”, alerta Marcelo Luiz Peixoto, membro titular da Sociedade Brasileira de
Cirurgia Cardiovascular. “Outra questão que causa preocupação é a capacidade
que o gosto doce do energético tem de disfarçar a quantidade de álcool
ingerida. Isso faz com que a pessoa beba em excesso sem perceber. Como o jovem
não sente a sonolência provocada pelo álcool por causa do efeito do energético,
ele não percebe que está perdendo os reflexos. Isso dá uma falsa sensação de
segurança. A pessoa acaba se colocando em situações de risco, como dirigir
alcoolizado ou fazer sexo sem preservativo”, afirma Claudio Tinoco, diretor
cientifico da Sociedade de Cardiologia do Rio. De acordo com o Extra, entre as
consequências estão a insônia, irritação, dores de cabeça, alteração dos
batimentos cardíacos e perda da noção de perigo.
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