De acordo com publicação feita pelo Estadão a
procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao Supremo Tribunal Federal
(STF), nesta terça (05), que haja a prisão domiciliar de Marluce Vieira Lima,
mãe do ex-ministro Geddel Vieira Lima e do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB).
Além disso, Dodge também solicitou o recolhimento noturno e
nos dias de folga do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA. Segundo a denúncia,
ambos continuam a praticar crime de peculato, a manipular provas e a obstruir a
investigação criminal. Outro pedido foi a indisponibilidade de sete
empreendimentos imobiliários adquiridos para viabilizar a lavagem de dinheiro.
A denúncia é decorrente das investigações realizadas a
partir da descoberta e apreensão de R$ 51 milhões em um apartamento em
Salvador. Para os investigadores, não há dúvidas de que o dinheiro localizado
no imóvel é resultado de práticas criminosas como corrupção passiva e peculato.
As informações foram divulgadas pelo Ministério Público Federal nesta
terça-feira, 5.
Também foram denunciados os ex-secretários parlamentares,
Job Ribeiro Brandão e Gustavo Pedreira do Couto Ferraz e o empresário Luiz
Fernando Machado da Costa Filho.
Além da denúncia, a procuradora-geral da República, Raquel
Dodge, pediu ao STF a instauração de novo inquérito para apurar se a família
Vieira Lima se apropriou de valores pagos pela Câmara dos Deputados a
secretários parlamentares vinculados ao gabinete de Lúcio Vieira Lima.
Outro objetivo é saber se os secretários exerciam, de fato,
funções públicas ou se trabalhavam exclusivamente para a família e prestavam
serviço a seus negócios particulares.
Segundo a denúncia, de 2010 até 5 de setembro deste ano, a
família Vieira Lima cometeu crimes de ocultação da origem, localização,
disposição, movimentação e propriedade das cifras milionárias em dinheiro vivo.
Até janeiro do ano passado, o dinheiro ficou escondido em um closet na casa de
Marluce Vieira Lima.
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