O deputado federal Davidson Magalhães (PCdoB), que assumiu o
cargo através de uma suplência, avalia entre os resultados alcançados pelo
mandato. Além da conquista de R$ 10 milhões em emendas distribuídas pela
região, tem o salto dado pela Bahiagás, desde quando ele presidiu a estatal.
Diante de tal cenário, considera ter elementos reais a funcionar como vitrines
na futura candidatura à reeleição.
Davidson Magalhães (Foto: Evellin Portugal/Diário Bahia)
Hoje deputado
federal, o que o senhor já sente que lhe favorece para a próxima corrida
eleitoral?
Em primeiro lugar, a atuação do mandato em defesa da região.
Por exemplo, a Ceplac; obras importantes como esta que estamos inaugurando aqui
[o Hospital Regional Costa do Cacau]. Nós participamos de um projeto que é
vitorioso na Bahia e que tem feito obras estruturantes. A última obra
estruturante aqui foi em 1966, que foi a ponte Lomanto Júnior, a Ilhéus-Pontal.
De lá pra cá, passou uma crise e agora tem um governo do Estado que cuida da
região. São obras fundamentais para mudar o perfil da nossa região. Acho que
isso fortalece o mandato. O segundo é o projeto que estamos defendendo
nacionalmente; estamos na luta contra os retrocessos na área social. Por
exemplo, votei contra a Reforma Trabalhista; estamos na luta contra a Reforma
da Previdência. Outra questão que
fortalece a nossa atuação é a coerência entre o que eu falei na campanha e o
que estou fazendo lá na Câmara Federal.
Estar à frente do
PCdoB na Bahia deve lhe favorecer na próxima campanha?
O fato de eu ter assumido a presidência do PCdoB fortaleceu
nosso mandato em Salvador e expandiu para outras regiões, o que dá uma condição
melhor do que tive na disputa para deputado federal. A primeira vez que fui
candidato a deputado federal tinha 16 anos que não era candidato a nada. Eu
estava afastado desse processo eleitoral, fiquei sete anos na Bahiagás, três
anos na Agência Nacional de Petróleo. Então, só aí são dez. Tenho serviço
prestado com emendas; são mais de 10 milhões de reais em emendas, que eu
distribuí para a região. Foi um conjunto de conquistas obtidas por vários
municípios, inclusive Itabuna e Ilhéus. Então, tudo isso me credencia para a
reeleição.
O sucesso que a Bahiagás
fez na sua gestão e os resultados decorrentes dessa atuação até hoje são uma
vitrine para Davidson Magalhães?
Eu acho que sim, porque o maior projeto da Bahiagás vai ser
colocado ano que vem. Um investimento de 300 milhões de reais, que é o gasoduto
de Ipiaú até Brumado. A primeira etapa são 111 milhões, são 72 quilômetros de
gasoduto, que ainda foi projetado em nossa gestão e vai ser executada ano que
vem. Então, acho que essa foi uma demonstração de que o espaço que a gente
conseguiu obter na Bahiagás trouxe resultados positivos. Agora, Ilhéus vai ter
o primeiro posto a gás. Depois de a gente ter trazido o gás natural para cá,
várias indústrias já usam o gás natural. Com a ZPE [Zona de Processamento de
Exportação], esse gás vai ser super útil, porque vai conseguir atrair novas
empresas. Então, isso não deixa de ser uma vitrine. Porque foi uma demonstração
do desafio que nós tivemos na gestão e nós demos um resultado que eu considero
positivo.
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