A proposta
de acordo apresentada pelos Correios será avaliada em assembleias hoje (2),
quando os trabalhadores definirão se encerram ou não a greve. A direção dos
Correios e os trabalhadores se reuniram ontem (1), para tentar chegar a um
consenso para finalizar a paralisação dos empregados, iniciada na quarta-feira
(26).
A empresa apresentou uma proposta
que prevê a revogação, por 90 dias, da medida que suspendeu as férias dos
empregados. Com isso, os trabalhadores que irão gozar as férias em maio, junho
e julho terão o pagamento dos valores até o teto de R$ 3,5 mil por empregado. O
restante será parcelado em cinco vezes.
Os Correios
haviam suspendido as férias dos empregados a partir deste mês, alegando não ter
recursos para o pagamento dos benefícios. Outro ponto em negociação é o
percentual pago pela empresa no plano de saúde dos empregados. Os Correios
afirmam que os sindicatos poderão apresentar uma proposta e, caso haja acordo,
o pedido de mediação junto ao Tribunal Superior do Trabalho (STS) sobre a
questão será retirado.
O secretário-geral
da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e
Similares (Fentect), José Rivaldo da Silva, que participou da reunião com a
direção dos Correios, não considerou as propostas satisfatórias. “Vamos
encaminhar para as assembleias, mas não achamos a proposta boa não.” Segundo
ele, a intenção dos empregados era acabar com o bloqueio das férias e retirar a
negociação sobre o plano de saúde do TST, de modo que a questão fosse debatida
diretamente entre os trabalhadores e a empresa.
A empresa
também se dispôs a suspender a implantação de novas medidas operacionais, como
a distribuição alternada e a entrega matutina , que serão negociadas em uma
comissão. Com relação aos dias parados, a empresa informou que irá realizar o
desconto referente à última sexta-feira (28). Os demais dois dias serão
compensados pelos trabalhadores.
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