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quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Queda do avião da Chape foi negligência do piloto. Conmebol fazia lobby para times voarem pela LaMia

Queda do avião da Chape foi negligência do piloto. Conmebol fazia lobby para times voarem pela LaMia
Qualquer aeronave no mundo precisa ter no mínimo uma quantidade extra de reserva para aguentar 30 minutos de voo além do tempo previsto e ainda mais 5 minutos ou 5% da distância, para ter segurança. O avião da LaMia chegou a Medellín sem combustível para sobrevoar o aeroporto.
 A Conmebol fazia lobby para que times sul americanos voassem no continente pela LaMia, uma empresa venezuelana quebrada, fundada por um político ligado ao chavismo, com sócios suspeitos e que tinha apenas um avião de pequeno porte, com pouca autonomia de voo. Se tivesse comprado passagens em voo comercial, a Chapecoense poderia ter voado direto de São Paulo para Medellín, gastando quase a mesma coisa que gastou apenas com o frete do avião da LaMia, que voou de Santa Cruz de la Sierra (Bolívia) para Medellín (Colômbia).
A empresa aérea acabou junto com a tragédia, pois não terá direito a seguro por ter negligenciado voando no limite do combustível, nem tem patrimônio para pagar as indenizações que deverão ser estabelecidas pela justiça. Também deve ser apurado o procedimento da torre de controle do aeroporto de Medellín. 
O piloto que comandava o avião da LaMia, empresa aérea boliviana, que caiu na Colômbia, na madrugada de terça (29), matando praticamente todo o time titular e reserva da Chapecoense, além de mais pessoas a bordo, foi negligente ao não reportar à torre do aeroporto de Medelín que a aeronave estava ficando sem combustível. 
Por convenção da aviação internacional, os pilotos e as companhias aéreas sofrem penalidades severas em casos de pouso de emergência por falta de combustível. 
A versão que predomina entre especialistas da aviação é de que o avião fretado pela Chapecoense tinha autonomia para voar apenas 2.965 km, 10 km a menos do que o que acabou acontecendo, porque teve de dar voltas no aeroporto aguardando o pouso de outro avião que também estava com problemas.
A aeronave usada pela Lamia era um Avro Regional Jet 85, quadrimotor fabricado pela British Aerospace, também conhecido como Jumbolino. Tinha 17 anos de uso.

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