Qualquer aeronave no mundo precisa ter no mínimo uma
quantidade extra de reserva para aguentar 30 minutos de voo além do tempo
previsto e ainda mais 5 minutos ou 5% da distância, para ter segurança. O avião
da LaMia chegou a Medellín sem combustível para sobrevoar o aeroporto.
A empresa aérea acabou junto com a tragédia, pois não terá direito
a seguro por ter negligenciado voando no limite do combustível, nem tem patrimônio
para pagar as indenizações que deverão ser estabelecidas pela justiça. Também
deve ser apurado o procedimento da torre de controle do aeroporto de Medellín.
O piloto que comandava o avião da LaMia, empresa aérea
boliviana, que caiu na Colômbia, na madrugada de terça (29), matando
praticamente todo o time titular e reserva da Chapecoense, além de mais pessoas
a bordo, foi negligente ao não reportar à torre do aeroporto de Medelín que a
aeronave estava ficando sem combustível.
Por convenção da aviação internacional, os pilotos e as
companhias aéreas sofrem penalidades severas em casos de pouso de emergência
por falta de combustível.
A versão que predomina entre especialistas da aviação
é de que o avião fretado pela Chapecoense tinha autonomia para voar apenas
2.965 km, 10 km a menos do que o que acabou acontecendo, porque teve de dar
voltas no aeroporto aguardando o pouso de outro avião que também estava com
problemas.
A aeronave usada pela Lamia era um Avro Regional Jet 85,
quadrimotor fabricado pela British Aerospace, também conhecido como Jumbolino.
Tinha 17 anos de uso.
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