O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)
deste ano foi “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil”. Os
candidatos deviam realizar um texto dissertativo-argumentativo de, no máximo,
30 linhas, desenvolvido a partir de uma situação-problema e de subsídios
oferecidos sob a forma de textos motivadores.A redação foi aplicada neste
domingo (6) com as provas de Linguagem e Matemática. O resultado final será
divulgado em 19 de janeiro.
Em coletiva de imprensa, a presidente do Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Maria Inês Fini,
afirmou que o tema foi uma oportunidade de provocar reflexões na juventude: “Eu
espero que a reflexão desse tema tão festejado possa de fato trazer para nossa
juventude o ideário de reflexão de tolerância, de respeito aos Direitos Humanos,
as nossas diversidade de crença, de religião.”
As redações serão avaliadas de acordo com cinco
competências: domínio da norma-padrão da língua escrita, compreensão da
proposta da redação e aplicação de conceitos de diversas áreas do conhecimento
para desenvolver o tema; capacidade de selecionar, relacionar, organizar e
interpretar informações para defender um ponto de vista; conhecimento dos
mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação e
elaboração de proposta de intervenção ao problema abordado, respeitando os
direitos humanos.
SOLUÇÕES PARA O PROBLEMA DA INTOLERÂNCIA RELIGIOSA:
CUMPRIMENTO DA LEI E EDUCAÇÃO PARA A ÉTICA,O RESPEITO À DIVERSIDADE E À
LIBERDADE.(Paulo José)
A intolerância religiosa é uma doença que de tempos em
tempos torna-se epidêmica e precisa de tratamento continuado e prevenção. É um
mal social, cuja cura passa pelo cumprimento da lei e pela educação. Um mal que
atinge uma camada imensa da população global, que fere a dignidade humana, e a
liberdade consciencial, que se baseia no preconceito, na discriminação e na
pretensão de alguns em serem “os donos da Verdade”, que se sentem possuidores
de alguma “procuração de Deus” para em seu nome, achincalhar, invadir, prender,
torturar, matar, espoliar, e por fim,exterminar o outro.
E o outro é aquele a quem não se dá o direito de ter
pensamento próprio, aquele a quem não se dá a liberdade de ser quem é, aquele
que o intolerante julga intelectual e moralmente incapaz de fazer uma escolha
“certa”. Porque qualquer escolha que não seja a sua - do intolerante- é errada.
Para se tentar acabar com a intolerância, é imprescindível
tratá-la como doença, cujos remédios são a detecção e denúncia de sua
existência, a exigência do cumprimento da Lei e, para prevenir sua recidiva e
evitar o surgimento de novos casos; a execução uma ação intensiva e continuada
de conscientização e educação plena de idosos, adultos, adolescentes e crianças;
uma educação para a tolerância, para a compreensão, para a alteridade e o
respeito. Num processo que envolva o comprometimento de toda a sociedade.
As justificativas dadas pelos intolerantes,principalmente
pelos intolerantes religiosos vão desde a necessidade do cumprimento das “Leis
de Deus” interpretadas e manipuladas a seu bel prazer, por interesses bem
humanos e pouco religiosos - que no caso do Brasil desrespeitam a Constituição
Federal – às questões de “segurança nacional” como ocorreu na América do Norte
em relação ao Iraque.
Conclusão
Parece só haver uma maneira de se tratar a intolerância.
Faz-se necessário educar para a tolerância, a alteridade e a compreensão. Esse
processo precisaria alcançar desde os mais idosos aos recém nascidos, visto que
é do berço que se começa a educar o ser. Posto que, é desde a mais tenra idade
que o ser humano ao observar ainda que de forma inconsciente o mundo a sua
volta começa a criar dentro de si seus conceitos e pré-conceitos que poderão
levá-lo à discriminação e à intolerância. Logo, se não educarmos cotidianamente
a sociedade para o respeito ao outro e para tolerância jamais poremos fim ao
preconceito, à discriminação e a intolerância.
Combater esses males sociais é dever de todos,
responsabilidade à qual não podemos nos furtar. Ao Estado, cabe fazer cumprir o
que determina a Constituição Federal e punir com o rigor da lei aqueles que
violarem o previsto no artigo 5°CF e em outras leis afins. Ao cidadão cabe a
denúncia do ato de intolerância ou discriminação e a cobrança junto aos órgãos
competentes para cumpram sua função.
Crédito:Cristina Zecchinelli,Café História
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