A Comissão Executiva da Lavoura
Cacaueira (Ceplac) passará a ter ligação direta ao gabinete da ministra da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, ganhando maiores
investimentos em pesquisa e inovação, defesa agropecuária e abertura de
mercados internacionais. O objetivo é fortalecer e modernizar a companhia, que
está defasada devido a sucessivas perdas de orçamento e a falta de renovação do
quadro de servidores.Com a medida, que será oficializada por meio de um decreto
presidencial ainda esta semana, a Ceplac passará a ter atenção especial do
Ministério da Agricultura. A pasta trabalha em um projeto de reestruturação
focado em pesquisa sustentável do cacau.
Há 29 anos, a comissão não realiza
concurso público e, nos últimos anos, vem enfrentando cortes significativos de
orçamento. De 2010 a 2016, os recursos da Ceplac, conforme a Lei Orçamentária
Anual (LOA), caíram de R$ 32,4 milhões para R$ 19,8 milhões, redução de 63%.
“É fundamental investir em pesquisa,
inovação e tecnologia. Precisamos investir no quadro de pessoal. Nosso país tem
todo potencial de voltar a ser um grande exportador de cacau, produto que está
ligado à identidade nacional brasileira, juntamente com o café”, diz a
ministra.
Em 2015, o Brasil aumentou em 10% as
exportações de cacau e seus produtos, alcançando US$ 374 milhões em 89,7 mil
toneladas. “Mas é só o começo. O produto entrou na pauta do Mapa e das
negociações internacionais”.
Para aumentar o valor agregado do
produto e estimular toda a cadeia produtiva, o Mapa está realizando um estudo
detalhado sobre o potencial exportador não apenas do cacau, mas também de
chocolates. Tem se preocupado ainda em garantir a Defesa Fitossanitária do
cacau. Aumentou de R$ 3 milhões em 2015 para R$ 5 milhões em 2016 os recursos
destinados a ações de defesa na lavoura cacaueira.
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