O acesso à água potável em diversos países ao redor do mundo melhorou nas últimas décadas. Segundo estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 2,6 milhões de pessoas passaram a acessar o recurso desde 1990, e 91% da população mundial já viu melhorias na qualidade de água que consomem para beber. Ainda assim, uma em cada três pessoas no mundo – cerca de 2,4 bilhões –não têm acesso a serviços de saneamento básico e água potável.
O parágrafo acima deve ser o suficiente para despertar como a má utilização deste recurso deve ser preocupação geral. Pode ser asseverado se levarmos em conta a velha constatação de que apenas 1% de toda a água da Terra está disponível para uso, pois a maior parte da água existente é salgada (97%), estando a porcentagem restante em locais inacessíveis como aquíferos subterrâneos e geleiras.
O planeta está propenso a enfrentar, ainda neste século, uma grave crise de tal recurso natural, de acordo com o World Water Development Report. A menor disponibilidade dos recursos hídricos é provocada por alguns fatores como a poluição, dificuldade de acesso e desperdício e excesso.
São irrefutáveis os argumentos de que precisamos adotar posturas sustentáveis em relação a esse bem natural, assim como buscar alternativas para sua preservação. Algumas inovações já em uso nos ajudam a melhorar nossas perspectivas. Conheça quatro delas:
Lima, no Peru, é a segunda maior capital localizada em um deserto. Apesar da precipitação de chuvas ser de 0,58%, a umidade do ar é de 98%. Por isso, a Universidade de Tecnologia e Engenharia (UTEC), de Lima – Peru, desenvolveu uma maneira de transformar a umidade em água potável. Veja como funciona:
Inovação não tem tamanho delimitado. O premiado LifeStraw garante isso com o seu formato de canudo com apenas 25cm de comprimento e 29mm de diâmetro. O equipamento não requer eletricidade ou coisa parecida. O equipamento funciona como um filtro em tempo real (através da sucção) que torna água contaminada em água potável. Fabricado em resina halógena, é capaz de filtrar 99% das bactérias e vírus presentes na água.
Entre as honrarias conquistadas pelo equipamento estão “Dez coisas que vão mudar nossa forma de viver”, pela revista Forbes; “A Melhor invenção de 2005″, Revista Time; “A Melhor Invenção da Europa”, Reader’s Digest; Invenção do Século, Gizmag e muitos outros.
Biomatrix Floating Islands
A empresa escocesa Biomatrix Water desenvolveu uma série de ilhas artificiais ecológicas capazes de acelerar a recuperação de rios poluídos. A superfície estimula a presença de microorganismos que utilizam os poluentes como alimento e permitem que raízes de plantas fiquem em contato direto com a água, servindo de abrigo para peixes e outras formas de vida. Assim, a biodiversidade do rio se mantém enquanto a poluição é decomposta pela própria natureza, sem qualquer químico.
Torres Warka Water
Nomeada a partir de uma figueira nativa da Etiópia, as estruturas da foto acima pode captar água a partir da diferença de temperatura, especialmente entre o anoitecer e o amanhecer, que torna possível a captação e a condensação da água. Transformar orvalho em água potável: isso que essas torres fazem. A inovação foi pensada para facilitar a busca por água pelo povo etíope que precisa percorrer até 6h de viagem a pé para encontrar água de qualidade para consumo.
O equipamento é revestido por um invólucro com 10 metros de altura e composto por hastes elásticas resistentes às rajadas de ventos, mas que permite ao ar fluir com facilidade. No seu interior há uma rede de malha, normalmente feita de nylon ou de polipropileno a fim de captar as gotas de orvalho que se formam em sua superfície.
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