
O titular da
pasta da Educação e um dos principais interlocutores de Dilma, Aloizio
Mercadante, foi acusado pelo senador Delcídio de ter lhe oferecido ajuda,
inclusive em forma de dinheiro, para que ele desistisse da delação. A conversa
entre o ministro Mercadante e o assessor do senador, Eduardo Marzagão, foi
gravada e todo o material está incluído no processo. Com essas provas cabais,
Mercadante deve ser acusado de obstrução da Justiça, tal qual o próprio
Delcídio que foi preso após o vazamento de uma gravação onde ele negociava a
fuga do ex-diretor da Petrobras, Nestor Ceveró. A Procuradoria Geral da
República (PGR) já estuda o pedido de prisão ao Supremo, segundo informações
levantadas por ISTOÉ.
A reportagem
da Revista apurou ainda que o STF, mesmo diante das evidências, só pode
decretar a prisão de Mercadante se provocado neste sentido. Daí o aguardo pelo
pedido da PGR. A gravação com o Ministro Mercadante tramando o silêncio de
Delcídio coloca - ainda mais - a crise dentro do Planalto.
Na prática,
ela mostra que o Governo se envolveu diretamente na tentativa de interferir nos
rumos da justiça e deve servir para acelerar o processo de impeachment da
presidente. A profusão de revelações sobre os meios ilegais de articulação do
Governo também deve servir para retardar a ida do ex-presidente Lula para a
bancada ministerial. Apontada como saída vergonhosa para blindá-lo contra a
Lava-Jato, a ida do petista representa uma renúncia branca da presidente Dilma,
que deve virar uma espécie de “rainha da Inglaterra” enquanto o Congresso e o
TSE julgam o seu destino. A sociedade aguarda ansiosamente o desfecho desse
devaneio federal.
Fonte/Revista ISTOÉ
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