O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recomendou
ao Supremo Tribunal Federal (STF) o perdão da pena de oito condenados do
mensalão, mas disse que só vai se pronunciar sobre a concessão de indulto natalino
ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu quando a Suprema Corte decidir se ele
deve ou não voltar a cumprir pena em regime fechado.Os pareceres de Janot, com
base no decreto presidencial do indulto de Natal, beneficiam Delúbio Soares,
Romeu Queiroz, Valdemar Costa Neto, Bispo Rodrigues, Vinícius Samarane, Rogério
Lanza, João Paulo Cunha e Pedro Henry. Caberá ao ministro Luís Roberto Barroso,
relator dos processos, decidir sobre a concessão do indulto aos oito
condenados.Dirceu, no entanto, voltou a ser preso preventivamente em agosto em
Curitiba por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção investigado pela
Operação Lava Jato. Por causa disso, ele precisará esperar o Supremo decidir
sobre um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) de outubro do ano
passado, para que o ex-ministro volte ao regime fechado.O Ministério Público
argumenta que, mesmo depois de condenado e preso, o ex-ministro teria
supostamente continuado a cometer crimes. No mensalão, Dirceu foi condenado a
sete anos e 11 meses de prisão.Por ter cumprido mais de 26 meses da pena e por
não ser reincidente, a defesa de Dirceu encaminhou ao STF um pedido semelhante
ao dos demais condenados para que a Corte perdoe a pena dele no mensalão e
conceda o indulto natalino, conforme o decreto presidencial assinado por Dilma
Rousseff no fim do ano passado.O ex-ministro Dirceu estava cumprindo pena em
regime aberto em Brasília quando voltou a ser preso, em agosto do ano passado.
As investigações da Polícia Federal apontam indícios de crimes de organização
criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.O grupo de trabalho que
investiga o esquema de corrupção na Petrobras apurou que o ex-ministro
movimentou 71,4 milhões de reais desde 2007 em nome de sua empresa, a JD
Consultoria. As movimentações teriam ocorrido mesmo após a condenação dele no
processo do mensalão. O ex-ministro diz que os pagamentos se referem a serviços
de consultoria prestados a empresas.
Fonte/Verdade Gospel
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