266 investigações da Polícia Federal ainda estão mantidas em sigilo. Somadas, as penas aplicadas chegam a 679 anos.
Levantamento feito pelo jornal O Globo mostra que o ano de
2015 consolidou a Operação Lava-Jato como a principal ação de combate à
corrupção na História do Brasil. Em um ano e nove meses, as investigações
levaram à condenação de 61 réus. Fazem parte dessa lista os donos das maiores
empreiteiras do país, ex-dirigentes da estatal, empresários, doleiros,
políticos e até seus familiares.
Até o momento, o Ministério Público Federal (MPF) apresentou
ao juiz Sérgio Moro 35 denúncias contra 173 pessoas. Somadas, as penas
aplicadas chegam a 679 anos, 5 meses e 15 dias nas 15 sentenças já proferidas
por Moro. O juiz também absolveu 17 pessoas.
Na última coletiva de 2015, em 14 de dezembro, o MPF fez um
balanço da atuação da força-tarefa da Lava-Jato. Desde o início das
investigações, foram instaurados 941 procedimentos de investigação, sendo que
266 ainda permanecem em sigilo máximo.
As ações levaram à decretação de 116 mandados de prisão,
sendo 61 preventivas e 55 temporárias. Além de 88 mandados de condução
coercitiva, onde a pessoa é obrigada a ir prestar depoimento na Polícia
Federal.
Além disso, os agentes realizaram 360 mandados de buscas e
apreensões que levaram ao bloqueio de R$ 2,4 bilhões. Foram feitos 35 acordos
de delação premiada e quatro acordos de leniência.
Até o momento, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato
Duque é quem recebeu a maior pena: 20 anos e 8 meses de prisão. Depois dele, o
ex-deputado Pedro Corrêa (ex-PP-PE), que também foi condenado no mensalão,
recebeu pena de 20 anos, 7 meses e 10 dias por corrupção e lavagem de dinheiro.
O doleiro Alberto Youssef, um dos delatores, recebeu o maior
número de condenações: 7. Se fosse cumprir sua pena integralmente, o doleiro
passaria quase cem anos na cadeia. Por conta do acordo de delação, no total,
Youssef ficará três anos preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba e
depois cumprirá dois anos de regime domiciliar.
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