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sexta-feira, 3 de julho de 2015

Conheça o projeto que ajuda a enfrentar o luto e a quebrar o tabu da morte:

morte ainda é considerada um grande tabu pela sociedade. Pouco se fala (e se evita falar) sobre o assunto, e na maioria das vezes as pessoas não sabem como lidar com o enlutado.
A fim de abrir espaço para o debate e ajudar as pessoas a passar por essa situação de maneira mais harmoniosa, sete amigas de São Paulo que tiveram grandes perdas resolveram fazer alguma coisa por amigos e desconhecidos que ainda enfrentarão esse processo. Surgia, assim, o projeto “Vamos falar sobre o luto?”.
Na primeira etapa, elas dispuseram num site um espaço em que as pessoas puderam escrever sobre o que estavam sentindo e contar como lidaram com as perdas, as angústias e medos, em quantos caracteres fosse necessário. Para espanto e alegria das organizadoras, após os primeiros minutos em que a plataforma entrou no ar, começaram a chegar respostas dos mais variados lugares. Na verdade, no início elas não acreditaram que alguém pudesse se sentar em frente ao computador e contar sua história pessoal para estranhos.
Ao final dessa primeira etapa, elas colheram depoimentos de mais de 170 pessoas, que falavam de lutos antigos (mais de 30 anos de perda) e recentes e mandavam e-mails longos, com detalhes ricos e sinceros.
Concomitantemente, as organizadoras produziram algumas rodas de conversa, que contaram com a presença de médicos e psicólogos especializados em luto.
Dessa experiência foi feito um minidocumentário com os depoimentos, lançado na última quarta-feira, dia 24 de junho, em São Paulo. Na ocasião, também houve uma mesa de conversa com as psicólogas especializadas em luto Adriana Thomaz e Gabriela Casellato e a  médica especialista em cuidados paliativos Ana Cláudia Arantes.
O próximo passo do projeto, que visa a quebrar o silêncio e fazer as pessoas falarem sobre suas perdas, é conseguir colocar no ar uma plataforma mais completa que compartilhe experiências, contenha opiniões de especialistas e possa ser um local de reflexões. Para que isso seja possível, elas buscam financiamento coletivo (crowdfunding).
Para saber mais sobre a iniciativa, clique aqui. 

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