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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Movimento LGBT só quer dinheiro, diz ex-gay em entrevista exclusiva

No dia 22 de janeiro, na Sociedade de Estudos Bíblicos Interdisciplinares, na cidade de Taguatinga, no subúrbio do Distrito Federal, acontecia o curso “Homossexualismo: ajudando, biblicamente, a prevenir e tratar aqueles que desejam voltar ao padrão de Deus para sua sexualidade”, voltado exclusivamente para lideranças evangélicas. Por volta das 21h30, os palestrantes Airton Williams e Claudemiro Soares foram notificados a comparecer ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para prestar esclarecimentos sobre o curso. O deputado federal Jean Wyllys assumiu a autoria de uma das denúncias. Em entrevista exclusiva, um dos palestrantes, Claudemir Ferreira Soares, conta sua história e alerta: “o movimento LGBT só se move em direção aos cofres públicos”.

Você se apresenta como ex-gay. Como foi esse processo de mudança?
Em primeiro lugar, é importante deixar claro o que devemos entender pelos termos “gay” e “ex-gay”. Ambos referem-se a identidades socialmente construídas. A identidade gay visa afirmar um estilo de vida de quem se adequa à prática do homossexualismo e não se incomoda com a atração por pessoas do mesmo sexo. Quanto ao termo “ex-gay”, ele só tem sentido no que se propõe a desconstruir a mítica identidade gay. Portanto, tanto os termos “gay” quanto “ex-gay” são afeitos exclusivamente ao campo das disputas ideológicas. Quanto ao que você chama de “processo de mudança”, digo, de saída que, no meu caso, não houve nenhum “processo”. Aconteceu de maneira instantânea, radical, completa e definitiva. Até os 22 anos, eu era tão gay quanto qualquer gay poderia ser. Assumi por volta dos 19 anos, mas fui iniciado no homossexualismo por volta dos 7 anos, e sentia atração por indivíduos do sexo masculino “desde que me entendia por gente”.
E como foi essa mudança radical e definitiva?
Um dia, por volta dos 22 anos, fui “forçado” por uma forte chuva a entrar em uma igreja evangélica na periferia do Distrito Federal. O pregador era um homem muito simples e de pouco estudo. Apesar disso, em determinado momento da pregação ele disse: “um homem só pode saber se sua vida agrada a Deus se ele souber do que Deus se agrada”. A logicidade e a profundidade filosófica daquela única frase colocou em xeque toda a minha forte convicção acerca de Deus, Bíblia, igreja, evangélicos e homossexualidade. É bom lembrar que eu costumava odiar a maioria dos crentes e suas igrejas! Porém, depois de ouvir aquela afirmação do pastor, decidi fazer o seguinte “pacto”: se eu estivesse errado e o “Deus dos crentes” mudasse minha forma de pensar, eu O serviria para sempre. Fui à frente, em sinal de que estava aceitando Jesus, chorei bastante e, no dia seguinte, comecei a estudar a Bíblia compulsivamente. Isso ocorreu em 30 de março de 1997. Desde aquela data, livrei-me instantaneamente da atração pelo mesmo sexo, abandonei o homossexualismo e renunciei à identidade gay.
Como o movimento LGBT trata pessoas que se apresentam como ex-gays?
Nenhuma entidade do movimento LGBT luta por tolerância. A luta desse “movimento” é por apenas uma coisa: dinheiro público! O povo brasileiro não entende de Políticas Públicas, Convênios, ONGs, etc. Por isso, acredita na lorota de “luta pelos direitos humanos para a população LGBT” que os ativistas gays apregoam na mídia e junto ao Poder Público. Não por acaso, os líderes desse “movimento” fazem tudo o que podem para evitar que seja dada visibilidade àqueles que eles chamam de “ex-homossexuais”.
Por que o movimento LGBT se ressente de ex-gays?
Esses líderes não odeiam quem se livrou da atração pelo mesmo sexo, abandonou o homossexualismo e renunciou à identidade gay. Eles apenas querem nos calar para não atrapalharmos os “negócios” do “movimento”. Eles sabem que é possível mudar de orientação sexual…
Alguém do movimento admitiu que é possível mudar de orientação sexual?
Ninguém menos que a senadora e sexóloga Marta Suplicy, militante no movimento homossexual desde os anos 80, e o Dr. Luiz Mott, antropólogo, decano do movimento homossexual no Brasil, afirmam expressamente que é possível deixar de sentir atração por pessoas do mesmo sexo e desenvolver a atração pelo sexo oposto. Suplicy declara esse fato em seu livro “Sexo para Adolescentes”. Mott, por sua vez, discorre demoradamente sobre o tema ex-gays em seu livro “Crônicas de Gay Assumido”. Portanto, dizer que “não existe ex-gay” é uma afirmação tão estúpida que nem mesmo os ativistas gays acreditam nela. O problema entre o ex-gay e o dono de uma ONG LGBT é que o primeiro constitui a antítese personificada de absolutamente tudo o que o segundo pode utilizar para ludibriar a opinião pública e surrupiar os recursos públicos que são supostamente destinados a “combater a homofobia”. Só isso.
Em geral, como ficam as vidas das pessoas que se declaram ex-gays ou ex-lésbicas?
Sofremos um duplo preconceito: os héteros dizem que não existimos e os gays que estamos mentindo. A imprensa nos retrata de maneira caricata, como mentirosos. As universidades nos ignoram. Nesse caso, há um dogma em praticamente todas as universidades públicas no Brasil segundo o qual é “antiético” pesquisar a possibilidade de mudança de orientação sexual.
Por que o curso voltado a pastores no DF foi interrompido?
Em primeiro lugar, é importante dizer exatamente isso: o curso foi in-ter-rom-pi-do. Depois da interrupção, por volta das 21h30 da quinta-feira, 22, prosseguimos normalmente com as atividades do curso. Em nenhum momento o MPDFT embargou, suspendeu ou fez algo parecido contra a realização do curso. Quanto ao motivo da interrupção, à noite, acredito que o MPDFT tenha sido ludibriado por um grupo de sociopatas que se valeu da função pública e do poder político e institucional de que dispõe para convencer aquele Parquet de que estávamos praticando um crime.
Mas, oficialmente, por que o Ministério Público interveio?
É bom deixar claro que foram feitas duas denúncias contra nós. Na primeira, uma Coordenadora-Geral de um órgão da Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República (o “Balcão de Negócios” do “movimento”), dizendo haver recebido uma denúncia do Conselho Regional de Psicologia (CRP-01), solicitou providências ao Promotor do MPDFT. Na segunda, a Coordenadora-Assistente do “CREAS da Diversidade”, órgão vinculado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Humano e Social do Governo do Distrito Federal, em parceria com dois psicólogos, elaborou um “Relatório Psicossocial”, fundamentado em “falas” de “lideranças do movimento LGBT do DF” e julgamentos temerários de um livro que nenhum deles leu (o meu livro: “Homossexualidade Masculina: Escolha ou Destino?”). Em seguida, a Coordenadora-Assistente encaminhou ao MPDFT o tal Relatório, acompanhado de cópia da capa e da contracapa do meu livro, endossando, assim, a sanha denuncista.
O deputado federal Jean Wyllys veio a público criticar o curso em diferentes ocasiões e assumiu a autoria de uma das denúncias. O que você acha que o irritou tanto?
Adolescentes costumam ser ousados, mas também têm horror à possibilidade de serem considerados “incapazes” ou “fracos”. No afã de parecerem corajosos, fazem as piores besteiras. O deputado é uma criança…No máximo, um adolescente. Digo isso porque as coisas ditas e feitas por ele guardam total correlação com as peraltices típicas da adolescência. Por outro lado, é bom não esquecermos que o tal “movimento” só se move em direção aos cofres públicos. O nosso curso constitui, de fato, uma ameaça aos vultosos ganhos financeiros dos donos de ONGs LGBT e, por conseguinte, de muitos cabos eleitorais de alguns parlamentares.
Você considera que esse episódio abre um precedente perigoso?
Se os cristãos e pesquisadores brasileiros não acharem que esse episódio demonstrou a força dos sociopatas que estão encastelados em órgãos públicos, ocupando cargos de confiança e exercendo funções de Direção e Assessoria, acho que o procedente é tenebroso e temo pelo que será do futuro das próximas gerações que amam Jesus e apreciam a boa ciência. Por outro lado, se os seguidores de Cristo e a comunidade científica (aquela parcela não alinhada à ditadura do “politicamente correto”) entender que esse episódio expôs o quão ridículos e estúpidos podem ser esse grupo delinquentes, poderão elaborar estratégias simples para colocá-los no devido lugar: na cadeia ou, no mínimo, fora de qualquer função pública.
O que você diria para os evangélicos que se surpreenderam com o episódio?
Acho que os evangélicos que se surpreenderam com esses fatos ocorridos aqui no Distrito Federal devem prestar mais atenção ao que está escrito na Bíblia acerca do combate que todo cristão autêntico terá de travar até o dia de Cristo. Nesse sentido, eu encorajo o povo de Deus a ser mais crente nas Escrituras e ousar desafiar explícita e publicamente os poderes desse mundo tenebroso. É um erro teológico grotesco acreditar que temos de “nos submeter a toda e qualquer autoridade”. Isso, na verdade, é um ataque frontal aos ensinos bíblicos e, a meu ver, uma “desculpa santa” para a covardia. Ao invés disso, temos de orar pelas pessoas que se encontram em posição de autoridade, mas denunciar seus atos malignos que contrariem o propósito de Deus para seus filhos e criaturas!

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