Foto: Reprodução
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta sexta-feira (13), que é “preciso parar de discriminar a atuação de deputados evangélicos porque têm os seus projetos e são atendidos igual aos outros no regimento". Cunha negou ainda que esteja "bancando" propostas de interesse de religiosos.
De acordo com o jornal Folha de São Paulo, o deputado, que é evangélico, afirmou que o desarquivamento de projetos que são contrários a bandeiras progressistas, principalmente de movimentos gays e feministas, são medidas apenas para cumprir exigências regimentais. "Já recriei e recriarei várias comissões especiais de diferentes projetos em tramitação conforme prevê o regimento. É muito estranho só falarem da recriação das comissões pedidas por deputados evangélicos. Já é absurdo carimbarem quando é deputado evangélico sempre a referência com a religião", afirmou o deputado no Twitter. Para ele, há preconceito com a bancada evangélica. "Ninguém fala deputado católico, espírita etc. Mas fala sempre evangélico quando ele é evangélico. Isso é discriminação pura e agride a laicidade do Estado", reclamou. O parlamentar, depois de afirmar que não colocaria em votação propostas para descriminalizar o aborto, lançou medidas para defender a heterossexualidade, como por exemplo, criar uma comissão especial para discutir o “Estatuto da Família”, para acelerar a tramitação da matéria.
O texto proíbe a adoção de crianças por casais gays e define família apenas a união entre homem e mulher. A proposta ganhou força em 2014, mas foi travada por manobras regimentais do PT, por ser contra vários pontos do texto. Ele determinou ainda o retorno do projeto que cria o Dia do Orgulho Heterossexual e que criminaliza o preconceito contra heterossexuais. Pela proposta, o "Dia do Orgulho Hétero" seria comemorado no terceiro domingo de dezembro. Também voltou a tramitar uma proposta que institui uma espécie de “bolsa” para mulher vítima de estupro que mantiver a gestação. A comunicação da Câmara dos Deputados, controlada por servidores de carreira, deverá ser entregue ainda a um político do PRB, ligado à Igreja Universal. O posto deve ser ocupado pelo deputado Cleber Verde (PRB-MA), integrante da Frente Parlamentar evangélica, mas que se diz católico.
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