quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Hanseníase afetou 24 mil estudantes -- Sintomas,Tratamento,Complicações,Prevenção

O Ministério da Saúde inicia em agosto o trabalho de identificação, em escolas da rede pública nos municípios, dos casos de hanseníase. A busca ativa vai ocorrer nas localidades consideradas endêmicas ou com baixos indicadores sociais.
Na Bahia foram mais de 2.500 casos de hanseníase no ano passado. Somente em Salvador foram feitas 500 notificações. No interior, Juazeiro foi o município com maior quantidade de doentes, 130.
No geral, os dados preliminares do Ministério da Saúde apontam o registro de 24.612 novos casos de hanseníase em todo o país em 2014.
Os dados mostram que os estados da Bahia, Maranhão, Pernambuco, Pará e Mato Grosso concentram mais de 80% do total de estudantes com suspeita de hanseníase.

O que é Hanseníase?

A hanseníase é uma doença infecciosa e contagiosa causada por um bacilo denominado Mycobacterium leprae. A hanseníase não é hereditária e sua evolução depende de características do sistema imunológico da pessoa que foi infectada.

Sintomas de Hanseníase

Os sintomas da hanseníase incluem:- Sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades; manchas brancas ou avermelhadas, geralmente com perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e tato; áreas da pele aparentemente normais que têm alteração da sensibilidade e da secreção de suor; caroços e placas em qualquer local do corpo; diminuição da força muscular (dificuldade para segurar objetos).

Tratamento de Hanseníase

A hanseníase tem cura. O tratamento é feito nas unidades de saúde e é gratuito. A cura é mais fácil e rápida quanto mais precoce for o diagnóstico. O tratamento da hanseníase é via oral, constituído pela associação de dois ou três medicamentos e é denominado poliquimioterapia.

Complicações possíveis

A transmissão da hanseníase é feita a partir de um bacilo chamado Mycobacterium leprae, um parasita intracelular que apresenta afinidade por células cutâneas e por células dos nervos periféricos.
Os pacientes de hanseníase sem tratamento eliminam os bacilos através do aparelho respiratório superior (secreções nasais, gotículas da fala, tosse, espirro). O paciente em tratamento regular ou que já recebeu alta não transmite. A maioria das pessoas que entram em contato com estes bacilos não desenvolvem a hanseníase. Somente um pequeno percentual, em torno de 5% de pessoas, adoecem. Fatores ligados à genética humana são responsáveis pela resistência (não adoecem) ou suscetibilidade (adoecem). O período de incubação da hanseníase é bastante longo, variando de três a cinco anos.

Prevenção

É importante que se divulgue junto à população os sinais e sintomas da hanseníase e a existência de tratamento e cura, através de todos os meios de comunicação. A prevenção da hanseníase baseia-se no exame dermato-neurológico e aplicação da vacina BCG em todas as pessoas que compartilham o mesmo domicílio com o portador da doença.

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