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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Justiça “injusta” com o seletivo, acha Almir

O prefeito Almir Melo continua tentando responsabilizar vereadores, o Ministério Público, a Justiça local e, inclusive, o Tribunal de Justiça da Bahia pela demissão este mês de 280 funcionários contratados irregularmente no início deste ano.
- O processo seletivo através do qual foram contratados esses funcionários estava eivado de erros. Ficou bem evidente o descumprimento da lei na sua elaboração e realização, declarou um advogado que analisou o processo.

Tão logo descobriu-se irregularidades no seletivo, inclusive por vários candidatos que dele participaram, um grupo de vereadores examinou o assunto recorrendo a assessoria especializada e o transformou em representação ao Ministério Público, que após análise concluiu pela irregularidade.

A questão em seguida foi ao Poder Judiciário, que também concluiu pela invalidade do processo seletivo. A prefeitura recorreu ao Tribunal de Justiça, e mais uma vez perdeu: constatou-se que eram patentes os erros na condução do seletivo.

Declarado responsável pela irregularidade, o prefeito Almir Melo tem procurado jogar o povo, em especial os funcionários demitidos, contra vereadores e também contra as autoridades responsáveis pela anulação do seletivo.

Em seu programa de rádio o prefeito fez questão de citar nominalmente os vereadores que denunciaram o processo – Cacá, Deny, Kinha, Moreira, Nide e Nilton -, acusando-os de responsáveis pela demissão de tantos pais e mães de família às vésperas do Natal.

Durante sua fala no rádio Almir Melo também fez insinuações de que a Justiça teria sido “injusta” com ele e com os demitidos, chegando a emocionar-se e, com a voz embargada, pedir a Deus forças para enfrentar as injustiças de que tem sido vítima. Em nenhum momento o prefeito reconheceu ter desobedecido a lei ao promover um seletivo de forma irregular.

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