Foto: Reprodução
O ministro da Educação, Henrique Paim, informou neste domingo (9) que 1.519 pessoas foram eliminadas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), dos quais 236 por uso indevido do telefone celular. "Foi um número expressivo", disse o ministro, em entrevista coletiva para apresentar um balanço do Enem. Os dados ainda são preliminares e podem ser ampliados. "Isso é lamentável, mas vamos continuar aperfeiçoando o processo e ampliando o rigor", acrescentou. Segundo o ministro, no ano passado cerca de 1.500 candidatos foram eliminados, dos quais 47 por uso indevido de celular.
O índice de abstenção da prova atingiu 28,64%, muito semelhante ao registrado no ano passado, de 29,1%. Na média, o índice de abstenção do Enem, segundo o ministro, gira em torno de 30%. Neste ano, houve um recorde de inscrições, com 8,7 milhões de pessoas inscritas para fazer o exame. "Vamos nos debruçar sobre que tipo de medidas devemos tomar para reduzir esse índice histórico de abstenção", afirmou. O ministro também lamentou a morte, ontem, de Edivânia de Assis, no local da prova, em Olinda (PE), devido a um edema pulmonar. "Lamentamos profundamente essa morte e nos solidarizamos com a família", disse.
Segundo o ministro, a candidata Maria Valdênia Alves Vieira entrou em trabalho de parto durante a prova. Ela deu à luz sua filha Júlia, em Calcaia (CE). Na avaliação do ministro, a edição deste ano do Enem foi tranquila. "Chegamos a um momento de consolidação do processo, com a logística permanentemente aperfeiçoada, mostrando resultados importantes", afirmou.
O ministro disse que os comentários sobre a prova foram positivos. Questionado sobre o uso do tema da prova, o ministro minimizou o fato de um professor do cursinho PH, Filipi Couto, ter aplicado uma prova de redação para seus alunos com o mesmo tema, publicidade infantil, no Rio de Janeiro. "Sabemos que os cursinhos trabalham vários temas e que eventualmente um cursinho ou outro pode ter se aproximado". ministro não fez comentários sobre as prisões efetuadas pela Polícia Federal (PF) devido a fraudes na aplicação da prova, tampouco confirmou o número de presos.
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