A luta contra o câncer de mama, listado como o mais comum entre as mulheres, ganha destaque a partir de hoje em todo o mundo. No Ceará, o Outubro Rosa está no sexto ano e toma forma com palestras, passeio ciclístico, caminhada e piquenique. A mobilização teve início nos EUA há mais de 30 anos e ganhou força no Brasil nos últimos sete anos.
Era outubro de 1983 quando uma corrida de cinco quilômetros pelas ruas de Dallas (EUA) atraiu 800 pessoas para arrecadar fundos e chamar atenção para o câncer de mama. A promessa de levar mais mulheres a conhecer e combater a doença foi de Nancy Brinker, que havia visto, três anos antes, a irmã Susan morrer aos 36 anos. Desde então, a Fundação Susan G. Komen For the Cure tem inspirado a mobilização em diversos países. Acessórios e laços cor de rosa viraram símbolo da campanha pelo mundo.
No Brasil, a enfermeira Gilze Francisco era vinculada à instituição e militava em Santos/SP como sobrevivente do câncer. Ela conta que via fotos de monumentos iluminados de rosa nos EUA e na Europa. “Uma falha enorme era iluminar e não ter atividades de conscientização com quem estava no entorno”, conta Gilze, hoje presidente do Instituto Neo Mama. Após falar com os responsáveis pela Fortaleza de Santo Amaro da Barra, no Guarujá/SP, o prédio ganhou as cores da campanha no terceiro domingo de maio de 2008, dia de falar sobre a prevenção em São Paulo.
Ela relata grande repercussão na mídia à época. Ocasião aproveitada por ela para convocar mulheres ao exame da mamografia e para anunciar que outubro seria um mês de atividades relacionadas ao tema. “Foi uma campanha que se espalhou muito rapidamente no Brasil. Percebemos pelas imagens recebidas de toda parte”, relata Gilze.
No Ceará, são seis anos de campanha graças à articulação da oncologista Maira Caleffi junto às instituições militantes. Ao comparar a primeira caminhada na avenida Beira Mar, em 2009, com a de 2013, houve acréscimo de cerca de três mil pessoas, segundo a memória de Cláudia Belém, presidente da Associação dos Amigos do Crio. Ela também avalia que a ideia começou mais concentrada em Fortaleza e ganhou, ano a ano, eventos no Interior.
Para além dos números, é em pequenos gestos que ela vê a efetividade da campanha. Um laço, uma propaganda ou uma conversa com alguma das mulheres têm o poder de salvar vidas. “As mulheres que não estão em grupos de apoio ou que não sabiam da importância da mamografia começam a ser alcançadas”.
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