segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Em debate, presidenciáveis deixam tom agressivo de lado e evitam ataques pessoais

A presidente Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) baixaram o tom no penúltimo debate antes do segundo turno das eleições, depois de um confronto bastante agressivo na última quinta-feira, procurando usar desta vez suas propostas como munição contra o adversário.
No duelo de domingo, realizado pela TV Record, a presidente insistiu em comparar os 12 anos de governo do PT com o período de governo federal do PSDB, enquanto o tucano lançou uma série de críticas aos quatro anos da petista no comando do país.
 No lugar episódio em que Aécio foi parado por uma blitz da Lei Seca ou de acusações de que o irmão de Dilma foi um funcionário fantasma da prefeitura de Belo Horizonte, temas que marcaram o debate anterior, dessa vez os presidenciáveis preferiram tratar de assuntos como gestão pública e economia.
Foto: Veja
Foto: Veja
 As denúncias de irregularidades na Petrobras, no entanto, voltaram a ser um dos pontos dominantes, ainda que Aécio não tenha centrado tanto fogo nesta questão como em encontros anteriores.
 Em uma de suas abordagens, o tucano pressionou a presidente sobre o papel do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, apontado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa como um dos destinatários de recursos que teriam sido desviados da estatal.
 Aécio teve de Dilma a resposta costumeira, de que seu governo permite investigações e a acusação de que as gestões tucanas não investigam e “engavetam”.
Em sua tática de comparar a era petista com os anos FHC, Dilma rebateu as críticas de Aécio à política econômica lembrando o período em que o país teve de recorrer a empréstimos do Fundo Monetário Internacional.
O tucano citou dados do FMI que apontam que a economia brasileira crescerá somente 0,3 por cento neste ano e a petista contra-atacou acusando-o de pessimista e ironizando a fonte usada pelo adversário.
Informações: Reuters Brasil 

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