O quarto e último bloco começou com novo sorteio de temas para as questões entre os candidatos. O primeiro tema sorteado foi agronegócio e Da Luz voltou a pergunta para Paulo Souto sua opinião sobre o tema e a importância que os negócios levem em conta problemas como a mudança climática, como no caso do semiárido.
"O semiárido não é propriamente uma região do agronegócio. É região de pequenos produtores que precisam de assistência bem diferenciada. Lá tem mais projetos de irrigação. Acho fundamental que utilizem cada vez mais tecnologias sofisticadas para usarem cada vez menos água e obterem os mesmos resultados", afirmou Souto. O candidato citou o programa Cabra Forte e disse que pretende refazê-lo. O agronegócio no oeste da Bahia é extremamente importante. Precisa ser estimulado, com todo cuidado para o meio ambiente. E por falar nisso, as estradas no oeste estão completamente destroçadas", afirmou
Da Luz o criticou por não considerar os pequenos produtores como parte do agronegócio. E afirmou que pretende implantar no sertão um programa que permita aos próprios produtores gerarem energia a partir do sol. "O pequeno é viável, é negócio também", defendeu.
Funcionalismo
O segundo tema sorteado foi funcionalismo, para Marcos Mendes escolher a quem perguntar. Ele também optou por questionar Paulo Souto. "Vou lhe dar a chance de dizer o que foi feito com o dinheiro da Coelba, que se dizia que era para cobrir o Funprev. Só que esses servidores estão hoje com problema crítico, um rombo quase impagável, e isso está sendo empurrado com a barriga", atacou.
Souto iniciou a resposta sinalizando que os demais candidatos estavam se unindo para atacá-lo. "Tão querendo bater de turma, quando se une muita gente sempre em função de uma pessoa. Mas tudo bem. Estou acostumado com isso", afirmou. Ele falou sobre a privatização da Coelba. "A primeira coisa (que eu fiz) foi uma atitude pioneira no Brasil. Capitalizei 400 milhões para o fundo de previdência (...) Toda a rede de colégios Luís Eduardo Magalhães, diversos aeroportos no estado, a construção de alguns portos, o equipamento, laboratórios da universidades estaduais. Foi o primeiro grande reequipamento das universidades. A construção de uma importante rede de estradas, inclusive no Oeste da Bahia. E tivemos o maior cuidado na utilização desses recursos", afirmou, dizendo ainda que uma parte do valor ficou para o atual governo.
"Em nenhum momento foi dito que os recursos da Coelba seria determinado à previdência social. Aquilo foi uma exceção minha. E eu fiz", afirmou Souto, classificando de "gravíssimo" o problema do fundo previdenciário dos servidores. "No momento, a única solução é que o estado aporte recursos para diminuir esse déficit", explicou.
Saúde e emprego
O tema saúde foi sorteado para Rui Costa. Ele quis debater o assunto com Lídice e aproveitou para atacar o candidato do DEM. "Quantas UPAs foram construídas em todo governo Paulo Souto? Nenhuma. E hoje ele vem criticar algumas que estão atrasadas", ironizou. Lídice não gostou do desvio. "O DEM e o PT estão aproveitando-se do debate para fazer extensão do horário eleitoral, brigando entre si e não ouvindo a sua necessidade", criticou.
O tema seguinte foi emprego, sorteado para Paulo Souto. Ele mais uma vez escolheu perguntar para Lídice da Mata o que fazer para gerar crescimento de empregos na Bahia. Ela falou em qualificar a mão de obra. Ela disse ainda que é preciso priorizar o adensamento da cadeia produtividade da Bahia para aumentar a geração de renda e riqueza.
"A Bahia vive um momento extremamente complicado do ponto de vista do seu protagonismo econômico. Hoje somos a oitava economia brasileira. Fomos ultrapassados por Santa Catarina e, pasmem, por Brasília O governo não foi capaz de estimular a atração de empreendimentos. Passamos o índice de competitividade de 8º para 13º lugar".
A última pergunta foi de Lídice para Marcos Mendes. Diante do tema sorteado, turismo, ela quis saber do candidato do PSOL seus planos para desenvolver a área na Bahia. "Nós temos várias riquezas no interior (...) Você pode fazer turismo científico. Outra coisa importante é o turismo religioso (...) Outra coisa importante é o turismo cultural, tem que ser desenvolvido não só em Salvador e Região Metropolitana, leva esse turismo para a Bahia".
Lídice afirmou que irá promover a imagem da Bahia nos mercados que têm voo direto para a Bahia. "Vamos aumentar a cadeia produtiva, fazer com que hotéis da Bahia consumam produto da agricultura familiar". Ela falou em investir no "turismo do vinho" e da "rota do chocolate", no sul da Bahia.
(Foto: Marina Silva)
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Considerações finais
O candidato Rogério Da Luz falou sobre "família" e religiosidade em sua fala final, mandando abraços para pastores. "Contra o aborto, contra a atrocidade do aborto", afirmou, se posicionando contra a liberação da maconha e a PL 122, que versa sobre a criminalização da homofobia. Ele também falou sobre investimento em monotrilhos para melhorar a mobilidade baiana.
"O povo baiano não quer voltar ao povo do atraso", disse Rui Costa em sua fala final. " A Bahia quer seguir em frente". Ele fez um apelo pelos votos dos eleitores que irão eleger Dilma. "Faz sentido em votar na Dilma e votar num governador que é contra a Dilma?".
Paulo Souto refutou a ideia de "imposição" defendida por Rui, com "alinhamento político" entre as esferas do governo. "Isso foi repelido pela população de Salvador quando elegeu ACM Neto (...) A Bahia quer ter liberdade para decidir quem vai ser seu governador". Ele prometeu trabalhar pela redução das desigualdades.
Lídice da Mata falou então sobre a "briga eleitoral" entre DEM e PT. Ela disse que, ao lado de Marina, traz uma nova proposta para governar. "Quero ser a primeira mulher a governar o meu estado para fazer o que nenhum deles, nenhum homem, fez nos últimos 20 anos pelo estado da Bahia".
Marcos Mendes ressaltou o fato do PSOL não ter políticos ligados a casos de corrupção e pediu voto para si. O candidato afirma que o PSOL é um "partido dos sonhos" de qualquer eleitor e afirmou que DEM e PT não conseguiram resolver os problemas da Bahia.
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