Uma denúncia, feita por um membro da Igreja Católica, era de desvio de conduta religiosa
Ele foi um dos responsáveis pelo reavivamento da fé Católica em todo o Brasil. Com suas músicas, seu carisma, Padre Marcelo Rossi se tornou um ícone, trouxe os jovens de volta às missas e deu um gás considerável no movimento religioso no país.
Mas, apesar de tudo isso, ele foi investigado por dez anos pela própria Igreja Católica, em especial por uma divisão do Vaticano especializada nesse tipo de trabalho.
O “FBI” católico, conhecido dentro da Igreja como Congregação para a Doutrina da Fé, era liderada na época pelo então cardeal Joseph Ratzinger, que depois se tornou o papa Bento XVI.
A entidade do Vaticano já teve um nome mais carregado de história: Congregatio, ou também “Inquisição, em que, por séculos (entre os XII e XIX) matou milhares de pessoas na Europa e em outros continentes.
Essa investigação, por mais absurda que pareça, foi feita a partir de uma denúncia, feita por um integrante da Igreja Católica no Brasil que considerava as ações de Padre Marcelo Rossi como incentivo a um culto ao personalismo e de desvios das práticas católicas, por transformar a missa em “circo”.
O denunciante não teve o nome revelado pela Igreja, mas foi responsável por dar a partida para um longo “monitoramento” do padre. Aparições em público, discos, livros, missas, até a ida em programas de TV eram observados pelos investigadores.
A revelação, feita pelo site UOL nesta terça-feira (30), aponta que o por pouco o Padre Marcelo Rossi não ficou impedido de realizar o exercício de sua fé e de sua pregação Católica.
A investigação terminou em 2009 e foi interrompida alguns anos antes, após a morte do Papa João Paulo II. Mesmo sem saber que era investigado, Marcelo ainda tentou um encontro com o Papa Bento XVI, em 2007, mas representantes da Congregação recomendaram ao Papa, que havia iniciado a investigação, em não recebê-lo.
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