O candidato a senador da Bahia, Geddel Vieira Lima (PMDB), abriu a série de entrevistas do projeto Vota Bahia na rádio Metrópole na manhã de hoje. Geddel começou falando sobre o quanto está motivado para representar a Bahia no Senado da República. Sobre a aliança no passado com Jaques Wagner, o peemedebista disse que seria uma pseudo coerência perder a capacidade de enfrentar o que considera estar errado.
Assim como o eleitor, que avalia o desempenho e o resultado do candidato para saber em quem vai votar, porque o voto não é fixo. “Em 2006 eu tinha uma divergência com ACM, que ainda estava vivo, pelo estilo pessoal, mas reconheço que na história ele trouxe coisas importantes para a Bahia. Naquele momento, identificamos que Jaques Wagner tinha condições de fazer esse enfrentamento, mas fiz cobranças gerenciais e não fui ouvido. O acordo foi rompido, as divergências administrativas se aprofundaram e optamos por novos rumos, disputando as eleições de 2010″, relembrou o candidato, que não tem o hábito de brigar com a história.
“Não tenho como ficar debruçado no passado, sou contemporâneo do futuro, quero trabalhar para a Bahia fazendo as alianças necessárias para avançar no enfrentamento das necessidades do Estado”, completou. Indagado sobre seu diferencial diante dos adversários, Geddel declarou que os grandes temas contemporâneos já estão tramitando no Congresso, como o projeto do senador Pedro Taques (MT), que incorpora ideias importantes para fazer avançar o código penal.
“Chegando lá, pelo meu estilo, forma de trabalhar e por conhecer bem o Congresso, o que já é uma diferença, porque não preciso ser apresentado, uma vez que meu esforço ajudou a tornar meu nome nacional, quando participei da quebra do monopólio das telecomunicações, por exemplo, e de importantes comissões, já posso acelerar as coisas, como contribuir para que o código penal avance sobre o fim da impunidade. Hoje, 60% da população carcerária tem relação com as drogas, podemos criar um fundo nacional para dependentes químicos, com comunidades terapêuticas e tratamento ambulatorial. Lugar de traficante é na cadeia e do dependente é no tratamento”, pontuou.
Ainda sobre a questão de segurança, Geddel comentou sobre a PEC 51, que trata da desmilitarização da Polícia Militar, tema que ainda está estudando, mas que traz também uma visão interessante sobre a territorialidade da polícia. Citou ainda como positivo o projeto de lei do senador Cristovam Buarque, sobre a federalização da educação, e ressaltou a importância de aumentar os recursos investidos no setor.
No segmento da saúde, sugeriu articular uma carreira nacional para o médico do SUS. “Tenho liderança no Senado e conhecimento para tratar disso no Congresso, para que o médico possa ir para municípios distantes e ter progressão na carreira até o fim da vida. Não podemos continuar importando médicos, isso não resolve para sempre, a solução é criar uma carreira profissional do SUS”, avaliou, destacando ainda a tímida progressão do programa Saúde da Família, a necessidade de construir novos hospitais regionais e espalhar centros de saúde pelo estado.
Geddel terminou a entrevista falando sobre o atraso nas obras da transposição do rio São Francisco depois que ele deixou o ministério da Integração Nacional. “Quando eu ainda estava lá as obras estavam em dia, com relatório elogiado pelo Tribunal de Contas da União, cumpri com meu dever tirando a obra do papel”. E também respondeu sobre o tempo em que atuou como vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa.
Um espaço que conquistou nas urnas com indicação do seu partido, sendo firme, com posições claras. “O governo Dilma não é bom e tive que pedir pra sair até pelo twitter porque minha carta de demissão foi empurrada com a barriga”, declarou, finalizando: “Acredito piamente que é melhor para a Bahia e para o Brasil ter a minha voz no Senado Federal”.
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