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terça-feira, 3 de junho de 2014

DURANTE MANIFESTAÇÃO NA PONTE, CAPITÃO DA PM AFIRMA QUE TEM “ATESTADO DE DOIDO”

 O capitão Hosannah e os jovens detidos no carro da PM. Foto: Blog do Gusmão/Thiago Dias.

Ontem (segunda-feira, 2), acompanhamos a manifestação contra o aumento da tarifa de ônibus. O protesto fechou a Ponte Lomanto Júnior entre 11h e 12h30. O congestionamento foi grande. A Polícia Militar agiu de forma incisiva para liberar a pista.

O clima foi tenso. Policiais tomaram ao menos três celulares dos manifestantes. Os aparelhos foram devolvidos, mas, a apreensão deixa subentendido que a polícia quis evitar o registro de abusos.

O Major Câmara, que comandava a ação da PM, foi moderado. O mesmo não pode ser dito sobre o capitão Hosannah. O oficial gritou que é “maluco” e tem “atestado de doido”. Também disse:  “se eu me retar, eu levo três, quatro, eu perco logo a porra da cabeça”, esbravejou.

Entendemos que o papel do capitão era liberar a ponte e atender o desejo da maioria, presa no engarrafamento e ansiosa para atravessá-la. Entretanto, os métodos de Hosannah não foram inteligentes. Não é digno de um oficial fazer as ameaças que ele fez. Sua atitude truculenta poderia ter agravado ainda mais a tensão, e, consequentemente, ter gerado uma resposta violenta dos manifestantes. A PM deve ser firme, contudo, jamais desequilibrada.

A maioria dos usuários do transporte coletivo questiona o reajuste da tarifa, mesmo assim, compreendemos que o protesto, por ter durado 90 minutos, sacrificou muitos cidadãos presos no congestionamento.

Os manifestantes tentaram dialogar com o Prefeito Jabes Ribeiro no Palácio Paranaguá, mas, não foram recebidos. Bloquear as vias da cidade também foi uma forma de protesto contra a intransigência política do governo municipal.

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