Pela primeira vez permitido no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o uso de nome social foi solicitado por 68 travestis e transexuais. E o número ainda pode aumentar, já que os dados obtidos pela Agência Brasil não consideram as solicitações realizadas nesta sexta-feira (23), último dia para pedir o uso de outro nome.
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), outras 27 pessoas já ligaram para pedir informações sobre o assunto. As solicitações já entraram no protocolo do Inep e serão atendidas. A pedagoga e presidente do Conselho Municipal LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) de São Paulo, Janaina Lima, diz que o uso do nome social atraiu mais candidatos ao exame. “No meu convívio social, eu sei de várias [travestis e trans] que estão se inscrevendo. Saber que vai chegar lá e vai ser só mais uma pessoa concorrendo, tem facilitado. Elas dizem que estão se inscrevendo só porque poderão usar o nome delas e que não vão ser expostas antes mesmo de começar a prova”, declarou. Os candidatos devem fazer a inscrição normalmente no site do Enem. O nome a ser usado é o que consta no documento de identidade, mas quem quiser, em seguida, pode usar o telefone 0800-616161 para pedir que seja identificado pelo nome social nos dias do exame – 8 e 9 de novembro. O presidente do Inep, Chico Soares, explica que o nome social constará também no cartão de confirmação de inscrição que os candidatos recebem pelo correio com informações para o teste, como o local de prova. As medidas foram tomadas depois que duas transexuais tiveram problemas, no ano passado, com a identificação no dia da prova. Informações da Agência Brasil.
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