quarta-feira, 21 de maio de 2014

Deputado evangélico humilha Xuxa em votação da “Lei da Palmada”; entenda

A apresentadora Xuxa Meneghel foi hostilizada por um deputado da bancada evangélica durante sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, nesta quarta-feira (21), que tentava aprovar a redação final da chamada “Lei da Palmada”. O projeto tem o objetivo de coibir tortura, violência e tratamento humilhante contra crianças e adolescentes.
“Eu nem falo sobre a violência que passa na tevê todos os dias. A conhecida rainha dos baixinhos protagonizou em 1982 a maior violência contra as crianças quando fez um filme pornô”, disse, referindo-se ao filme “Amor Estranho Amor”, daquele ano, em que Xuxa aparece numa cena de sexo com um adolescente de 12 anos.
Xuxa, que estava sentada à mesa da comissão, não pôde responder ao deputado, mas fez um gesto de coração com as mãos. Apenas os integrantes da comissão têm direito à fala durante as reuniões ordinárias. Ela também não deu declarações ao deixar o local. A apresentadora foi convidada para participar da sessão da CCJ que aprovaria a redação final do projeto de lei.
A declaração do Pastor Eurico gerou repúdio da maior parte dos deputados presentes, inclusive de parlamentares que questionavam o projeto, que classificaram a fala de “violência inaceitável”.  O presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), pediu que a agressão seja retirada das notas taquigráficas. ”Gostaria de deixar claro que essa é a opinião dele [Pastor Eurico]. Não é posição da bancada evangélica”, disse o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ).
A bancada evangélica alega que a violência contra crianças já é punida no Código Penal e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e que a “Lei da Palmada” seria uma interferência na família. A punição máxima prevista no projeto é advertência. Também há previsão de encaminhamento dos responsáveis para tratamento psicológico ou psiquiátrico.
Fonte/Varela

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