quinta-feira, 20 de março de 2014

DILMA EXPLICA COMPRA DE REFINARIA PELA PETROBRAS,QUE ENVOLVE WAGNER E GABRIELLI

A compra de 50% da polêmica refinaria de Pasadena, no Texas (EUA) pela Petrobras, que está sendo objeto de inquérito pela Polícia Federal, não envolve apenas o ex-presidente da empresa José Sérgio Gabrielli, mas também a presidente Dilma Rousseff, que era ministra da Casa Civil e comandava o Conselho de Administração da Petrobrás, e  votou favoravelmente à compra em 2006.
O governador Jaques Wagner também seguiu a presidente e votou favoravelmente à decisão. Segundo informações do Estado de São Paulo, ontem, ao justificar a decisão ela disse que só apoiou a medida porque recebeu "informações incompletas" de um parecer "técnica e juridicamente falho".
 
A aquisição da refinaria é investigada, além da Polícia Federal, pelo Tribunal de Contas da União, Ministério Público e Congresso por suspeita de superfaturamento e evasão de divisas.
 
O conselho da Petrobrás autorizou, com apoio de Dilma, a compra de 50% da refinaria por US$ 360 milhões. Posteriormente, por causa de cláusulas do contrato, a estatal foi obrigada a ficar com 100% da unidade, antes compartilhada com uma empresa belga.

Acabou desembolsando US$ 1,18 bilhão - cerca R$ 2,76 bilhões. Mesmo a compra por US$ 360 milhões e aprovada por Dilma é questionada, pois um ano antes, a refinaria havia sido adquirida inteira pela Astra Oil por US$ 42,5 milhões.
 
 Segundo reportagem do jornal a presidente disse que o material que embasou sua decisão em 2006 não trazia essa cláusula, a cláusula Put Option, que manda uma das partes da sociedade a comprar a outra em caso de desacordo entre os sócios. A Petrobrás se desentendeu sobre investimentos com a belga Astra Oil, sua sócia. Por isso, acabou ficando com toda a refinaria.
 
Dilma disse ainda, por meio da nota, que também não teve acesso à cláusula Marlim, que garantia à sócia da Petrobrás um lucro de 6,9% ao ano mesmo que as condições de mercado fossem adversas. Essas cláusulas "seguramente não seriam aprovadas pelo conselho" se fossem conhecidas, informou a nota da Presidência.
 
Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobrás na época, que, atualmente, é secretário de Planejamento do Estado  defende a compra da refinaria nos EUA, dizendo que o  "resumo executivo" sobre o negócio Pasadena foi elaborado em 2006 pela diretoria internacional da Petrobrás, comandada por Nestor Cerveró, que defendia a compra da refinaria como medida para expandir a capacidade de refino no exterior e melhorar a qualidade dos derivados de petróleo brasileiros. Indicado para o cargo pelo ex-ministro José Dirceu, na época já apeado do governo federal por causa do mensalão, Cerveró é hoje diretor financeiro de serviços da BR-Distribuidora.


Fonte/ Bahia Ecômica

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